Luís Carito, vice-presidente da Câmara de Portimão, fica sujeito a prisão preventiva, enquanto os restantes arguidos ficaram apenas com Termo de Identidade e Residência.
Luis Carito fica em preventiva até que haja condições para lhe seja aplicada a medida de prisão domiciliária com uso da pulseira eletrónica.
Os restantes quatro arguidos, também ouvidos ontem e hoje pelo juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, saíram em liberdade mas ficam sujeitos a TIR, a medida de coação mais leve aplicável, sendo também impedidos de contactar uns com os outros.
No caso do vereador Jorge Campos e do administrador da Portimão Urbis Lélio Branca, o juiz determinou ainda que ficam suspensos das suas funções públicas, o mesmo acontecendo com o vice-presidente da Câmara de Portimão. Carito fica ainda impedido de sair do país.
Os cinco – Luís Carito, Jorge Campos, Lélio Branca e ainda os empresários Luís Marreiros e Artur Curado – são suspeitos de corrupção, administração danosa, branqueamento e participação económica em negócio», no âmbito da Portimão Urbis, segundo informou ontem a Procuradoria Geral da República.
Na quarta-feira, na sequência de uma operação coordenada pelo DCIAP (Departamento Central de Investigação e Ação Penal), da PGR, a Polícia Judiciária fez buscas nos gabinetes do vice-presidente e vereador da Câmara de Portimão, bem como nas suas residências e ainda nos escritórios da Portimão Urbis.
Na sequência da operação, acabaram por ser detidas cinco pessoas – Luís Carito, Jorge Campos, Lélio Branca, bem como Luís Marreiros, administrador da CinePicture Portugal Studios SA, e Artur Curado, administrador da Central Picture Portugal SGPS.
Ambos estão ligados ao projeto da chamada Cidade do Cinema em Portimão, promovida no âmbito da Portimão Urbis, e que tudo indica estar na génese das investigações policiais que levaram às buscas e detenções de ontem.
Na quarta-feira, a meio da tarde, a Câmara de Portimão tinha admitido, em comunicado, que as buscas da PJ estão relacionadas com «um processo que corre termos na Justiça e que teve origem em denúncias anónimas, efetuadas em 2011, envolvendo a atividade empresarial da Portimão Urbis EM».
As investigações da PJ às atividades da empresa municipal Portimão Urbis, onde Luís Carito e Jorge Campos são, respetivamente, presidente e vice-presidente da Assembleia Geral em representação da Câmara, remontam a 2012, tendo já sido feita uma anterior busca às instalações da autarquia. À data dos factos (2011), Carito e Campos eram membros da administração daquela empresa municipal.
Fonte: http://www.sulinformacao.pt